The Runaways – Mulheres explosivas.

Vejam quem ressuscitou!

Pois é meus queridos, após o caos das festas de fim de ano, e suas respectivas ressacas e ciladas, eis eu aqui de volta para lhes ensinar o bom e velho rock’n roll. Então deixemos de enrolação acendamos nossos isqueiros, porque essas garotas não gostam de esperar.

Hoje venho humildemente até vocês para apresentar as selvagens The Runaways!

 Em uma época em que garotas que tocavam guitarras elétricas e compunham suas próprias canções eram mal vistas e criticadas pela sociedade, essa banda formada apenas por mulheres bocudas e originais tocava o terror no melhor Rock’n Roll, provando que não eram apenas os homens que conseguiam fazer musica de qualidade. Em bom português “The Runaways” significa “As fugitivas” e certamente elas fugiam dos padrões da época com suas musicas que exalavam o ideal do rock na época: eu posso ser uma mulher, mas eu quero é farra, merda!

A idéia inicial de formar uma banda só de garotas foi de Kim Fowley, um sortudo e talentoso empresário a procura do novo grande sucesso de delírio geral. Deste modo, Sandy West (baterista) foi apresentada a Joan Jett (guitarrista) que logo se agregaram a Micki Steele (baixista) e Karyi Krome, a compositora da banda. No final de 1975 formava-se então o grupo de garotas chamado “The Runaways”, uma das primeiras bandas compostas somente por mulheres que fizera tanto sucesso.

Como toda banda em inicio de carreira, logo após sair da garagem, fizeram alguns shows na Califórnia, mas somente em 1976 a banda cresceu de vez, com a entrada da guitarrista solo Lita Ford, que tinha apenas dezesseis anos e a cantora principal Cherie Currie. Vale mencionar que a baterista fora substituída por Jackie Fox. Com essas remodelagens no elenco a banda atingiu grande sucesso, assinando contrato com Mercury Records e gravando seu disco de estréia, intitulado “The Runaways” de onde saiu seu primeiro sucesso “Cherry Bomb” (minha musica favorita *-*). Daí em diante saíram em turnês pelos Estados Unidos, onde seus shows costumavam esgotar os ingressos e a fazer aberturas nos shows de bandas consagradas como Van Halen.

O segundo álbum foi nomeado “Queens of Noise” e dele surgiu uma turnê mundial pela Europa e Japão. Segundo Joan Jett, ao desembarcar no aeroporto do Japão, havia tantas pessoas que ela descreveu como sendo algo parecido com a Beatlemania. Ainda no Japão gravaram um álbum ao vivo e Jackie Fox deixou a banda que logo ao voltarem para a America foram ocupados por Vickie Blue, outra garota de dezessete anos.

A próxima a abandonar a vida selvagem de rock star foi Cherie Currie - drogas e rock’n roll certamente não é pra qualquer um – e Joan Jett pulou da segunda voz para assumir o vocal principal. A banda ainda gravou mais dois álbuns e fez uma turnê mundial com a banda punk The Ramones, no entanto em 1978, desacordos por questões financeiras fizeram as Runaways romperem suas relações empresariais com Kim Fowley, assim como o contrato com a gravadora Mercury. Foi um caos de troca de acusações entre a banda e o ex-empresário.

O termino oficial da banda se deu em 1979, devido a diversos problemas. Havia muita critica por parte da imprensa, alem das constantes trocas de integrantes e desentendimentos acerca do subgênero de rock a ser seguido.  Enquanto Lita Ford preferia o Heavy Metal, Joan Jett esta presa ao punk.

De qualquer modo, por mais infeliz que tenha sido a perda dessa banda, que abalou os alicerces por pouco tempo, as The Runaways são, a meu ver, intrinsecamente importantes afinal, elas podem ter acabado, mas deixaram a mensagem que importa:

Mulheres podem fazer Rock!

Para aqueles que se arrisquem:

Perdoem-me pela pessima qualidade dos videos...mas afinal o que vocês esperavam? Sky HDTV em plenos anos 70?