Você já poderia ter parado no "ASSUSTADOR" que pra mim já é o suficiente para faze minha noite ficar mais suportavel sem café (meudeosl acabou de novo T.T), dizer que poderia fazer parte de um livro só ergue ainda mais minha satisfação.
quanto as capaz, foi uma feliz coincidencia eu ter encontrado as imagens em minhas viagens ciberneticas noturnas. ..asahsuhs...
Enfim: THANKS!!!!
Fada Madrinha - Final
- Mas que merda, até quando vai ler esta porcaria?! – a voz de David arrancou minha atenção da reportagem que estava lendo. A manchete em destaque dizia “Desastre Juvenil” em letras garrafais sobre uma imagem de uma garota loira boiando na piscina com seu vestido branco longo agora tingido de vermelho pelo sangue que se dissolvia na água. Isabel...
- Até quando eu me cansar seu imbecil! O que você tem haver com isso? – eu repliquei asperamente.
David era um cara alto e rude, que só tinha como qualidade músculos que lhe possibilitaram uma vaga na faculdade, contanto que ele ganhasse o campeonato para eles. Graças a deus aquele imbecil estava se formando, pois não sabia quanto tempo mais eu iria agüentar sua babaquice de homem das cavernas. Honestamente ele só prestava para festas. Ah sim aquele imbecil era ótimo para agitar festas. Seus bolsos sempre estavam bem equipados com cigarros de todos os tipos, balinhas e garrafinhas de tudo quanto era bebida.
- Você não cansa de se deliciar não é? – ele disse com um sorriso idiota voltando-se para frente da TV de plasma onde estava jogando boxe no seu Wii – admito, ainda dou boas risadas vendo essa merda.
- Foi divertido no fim das contas – murmurei enquanto encarava uma foto preta e branca de Isabel – mas que desperdício... Teria sido legal ter um pouco mais de tempo... Mas eu odeio frio, e ela estava gelada.
David riu como um ogro, enquanto sacudia seus punhos no ar e acertava seu oponente virtual.
- Você é muito exigente, esse é o seu problema! – A voz de Rob ecoou da cozinha, acompanhado da risada nasal de Marcie. Ótimo aqueles dois estavam profanando a cozinha agora... Malditos hormônios, eles mais pareciam dois cachorros no cio.
- E você seu filho da mãe é um tarado asqueroso – eu rebati em voz alta e tudo que recebi de volta foi uma risada maliciosa e um gemido feminino.
- Qual é, você vai encontrar outra pra se divertir – David disse distraído – loirinha como essa tem de montes, e menos teimosas...
- Você acha que eu não sei?
- E pensar que aqueles tiras imbecis ainda nos pediram depoimentos... “você por acaso viu algo suspeito entre à hora do assassinato?” – ele imitou a voz do tira que havia nos interrogado – “você por acaso sabe se ela tinha algum inimigo ou namorado?”. Cara como eles são idiotas.
- Acho que a medalha de ouro vai para Marcie e sua interpretação de atriz mexicana aos prantos no funeral.
- Pode crer – David riu em concordância – aliais, fizeram uma restauração boa no defunto né? Cara ela tava gostosa naquele caixão.
- Você é doente – resmunguei voltando-me ao jornal de quatro dias atrás.
- Ah qual é, é só uma necrofilia inofensiva – ele resmungou no exato momento que nocauteou seu rival.
Uma explosão irrompeu o ar ao nosso redor, fazendo a casa vibrar agourentamente. As janelas se sacudiram em suas molduras por alguns segundos e quando o silencio se fez presente a energia caiu. Todas as lâmpadas se desligaram, assim como a TV e o rádio, e estando no meio da noite isso não era algo muito agradável. Em um salto eu me pus de pé, os olhos arregalados tentando enxergar alguma merda naquela escuridão.
- Mas que bosta! Eu havia acabado de ganhar o campeonato! – ouvi a voz de David rugir furiosa a poucos metros de distancia.
- Que merda foi essa? – perguntei mais alto do que pretendia.
Ficamos em silencio por alguns instantes os ouvidos tentando captar qualquer porcaria de som. Foi enquanto que uma luz dourada cortou a escuridão, vindo da porta que levava a cozinha. Um Rob rabugento e uma Marcie descabelada vieram com passos cautelosos até nós, trazendo consigo a potente lanterna de acampar de David.
- O que vocês aprontaram?
- Nada seu idiota – David se defendeu com os punhos erguidos, ainda segurando os controles do vídeo game.
- Deve ter sido a caixa de energia. Deve ter dado algum curto circuito ou sei lá.
- Ótimo, já que você se mostrou tão perito no assunto, que tal tratar de ir dar uma olhada – disse Marcie em sua voz nasal.
- Se você esta com tanto medo do escuro assim porque não vai resolver?! – rebati acidamente, Deus como ela me irritava.
- Eu como medo?Eu adoro o escuro, é muito mais divertido de fazer...
Seja lá o que Marcie estava disposta a dividir conosco - o que certamente não deveria ser nenhuma novidade, já que sabíamos de todo os desejos e preferências daquela vadia rodada – foi interrompido por um novo som. Ouvimos com clareza a maçaneta da porta de entrada, ao fim do corredor ser girada e sacudida violentamente, ouvimos os chutes contra a madeira e o suspiro de impaciência. Marcie gemeu estranhamente, como um filhotinho de pato acuado. Rob resmungou um “que merda” e David em silencio saiu tateando pelos cantos atrás da cômoda onde havia escondida em uma de suas gavetas o revólver para emergências.
Como um trovão em menor escala, ouvimos a maçaneta ser girada com força e arrancada da porta. Um novo pequeno trovão fez voar a porta para longe das dobradiças. Isso provocou um grito apavorado de Marcie que se agarrou nos braços de Rob.
- Me larga – ele disse sacudindo ela para longe com dificuldade.
- Vejam só todos em casa – uma voz suave, doce e tranqüila veio da porta agora arrombada – hoje é mesmo meu dia de sorte.
Como que por algum feitiço maldito todos congelaram. Aquela voz soou como gelo através do ar, se infiltrando em nossos ouvidos e espalhando-se por nossos corpos, congelando-nos de medo. Aquela voz era familiar.
-Quem diabos é você?! – David foi quem se livrou daquele encanto sombrio primeiro, finalmente encontrando a cômoda e arrancando o revólver de dentro dela. Pude ouvir ele engatilhar a arma.
- É assim que vocês recebem uma velha amiga? – droga eu conhecia aquela voz...
- Seja útil nesta vida seu merda, aponta a lanterna pra lá! – David sussurrou raivosamente para um embasbacado Rob que ainda tentava se livrar de uma chorosa Marcie.
Ofendido com as palavras de David, Rob resolveu se fazer útil e quase chutou Marcie para longe, esta desorientada acabou caindo aos pés de Rob entre soluços e palavrões. Livre do ataque de pânico imbecil de Marcie, Rob apontou a lanterna para a porta arrombada. E congelamos novamente.
Ali, perfeitamente ereta em uma postura despreocupada vestindo o mesmo vestido branco que roçava em seus joelhos, que havíamos visto ela usar em seu enterro. A feixe de luz dourada iluminou seu corpo magro e pálido, refletiu em seus cabelos loiro platinados e revelou seu rosto. Oval e fino, com olhos estreitos por um sorriso sombrio e cruel de lábios carmim. Isabel...
- Vamos nos divertir? – ela perguntou com uma risada diabólica que vez todos os meus ossos tremerem
- Mas que diabos... – Rob cuspiu as palavras enquanto dava alguns passos para trás e tropeçava em uma Marcie horrorizada que chorava copiosamente. O infeliz acabou por cair, tirando assim o foco de luz da criatura na porta.
Os flashes dos disparos de David me permitiram ver o vulto pequeno à porta. Foram três aos todo. Ela não se moveu, embora fosse claro que os tiros haviam lhe acertado. Pelo contrario, ela apenas riu.
- Então você vai ser o primeiro – ela disse conforme andava calmamente para dentro de nossa republica.
- Sonho seu sua desgraçada! – mais disparos ocorreram, sem nenhum resultado. Ela continuou a avançar imperturbável.
- Eu adoro um desafio...
- Merda – eu resmunguei correndo desastrosamente ao lado do sofá e tateando o chão até encontrar o taco de beisebol esquecido ali.
Quando eu me ergui e voltei a procurar entre o mar de sombras, notei o vulto já na boca do corredor, praticamente dentro da sala. Rob havia acabado de conseguir se levantar, mas ainda estava ocupado tentando se livrar das mãos de Marcie que se agarravam as suas pernas.
O vulto de repente se tornou ágil, desapareceu da boca do corredor e em instantes estava a meio caminho de David, que continuou estupidamente a atirar, até que suas balas acabaram.
- Minha vez – a criatura chamada Isabel cantarolou.
Naquele instante Rob havia recuperado sua lanterna e a apontou para David e sua nova companheira. E nos assistimos a tudo. Isabel ,ou seja lá que merda era aquela pulou em cima de David agarrando-o pelo pescoço com aquele finos braços e prendendo-se ao seu corpo envolvendo suas pernas ao redor de sua cintura. Nos o ouvimos gritar e só então percebemos o rosto dela enfiado ao lado de seu pescoço, e segundo depois ela ergueu a cabeça fazendo jorrar algo vermelho e espesso da garganta de David. Mas que merda! Havia um enorme pedaço da carne da base do pescoço de David na boca da infeliz!
Ela enfiou o rosto mais acima perto da orelha de David e nos o ouvimos gritar novamente. Merda ela tava comendo ele! Não na minha casa! Eu firmei o taco em minhas mãos tremulas e corri ao resgate.
Eu balancei o bastão de madeira no ar ganhando impulso e o lancei com força contra as costas da besta faminta que continuava a arrancar pedaços de meu amigo. O bastão colidiu secamente contra seu corpo, a força fez meus braços tremerem enquanto eu o segurava firmemente. No entanto a criatura permaneceu imperturbável, ocupada em arrancar um dos braços de David aos puxões, enquanto o punho livre de David lhe dava socos em sua costela. Eu a golpeei de novo e isso pareceu irritá-la.
Ela me olhou pelo canto do olho e um brilho sombrio piscou para mim. Desgraça ela estava se divertindo com aquilo!
Não sei como ela conseguiu, mas de algum modo seu pé colidiu contra meu peito me fazendo voar longe e cair sobre o sofá. Eu me ajeitei desorientado enquanto assistia ela agarrar a cabeça de David e com um movimento seco e violento arrancá-la de seu pescoço,fazendo um chafariz vermelho irromper do topo de seu pescoço. O corpo de David caiu molemente sobre o chão, ela saltou para longe dele ainda segurando a cabeça dele pelos cabelos agora lambuzados de sangue.
- Que droga! David! – Marcie gritou horrorizada – Não!
A criatura apenas riu como uma criança deslumbrada, lambendo os dedos.
- Quem é o próximo? – ela disse quando a luz da lanterna voltou-se para ela, tremendo por causa da mão apavorada de Rob – acho que você serve. Desculpe-me por estar tão gelada, mas afinal, você não se importa não é?
Ela avançou sobre ele, e Marcie agilmente saltou para longe enquanto Isabel agarrava Rob pelas calças e o puxava para uma dentada no peito. Rob gritou agonizante enquanto Isabel abaixava suas calças e lhe arrancava tudo que ele mais prezava, em gestos violentos e secos ela era capaz de rasgar carne velozmente. Rob gritou exasperado por ajuda enquanto caia de costas no chão com aquela criatura em cima de si. Eu ofeguei assombrado enquanto assistia carne e sangue voar para todos os lados.
Ela acabou com Rob entre risos. Abandonando o corpo mutilado de meu amigo ela se virou para Marcie que estava encolhida a um canto em prantos, estranhamente tentando rezar o pai nosso e errando em todas as tentativas.
- Que tal brincarmos de pega-pega? Lembra? Você ganhou da ultima vez – ela disse enquanto se levantava suavemente do cadáver e ajeitava seu vestido agora tingido de sangue - hora da revanche.
Isabel se afastou friamente dos restos mortais de Rob e andou alguns passos em direção a Marcie, mas parou para me olhar com um sorriso malicioso.
- Não se preocupe meu querido, eu não me esqueci de você – e vendo aquele sorriso vermelho, de dentes sujos de sangue eu sai correndo.Assim como Marcie que disparou para a porta da cozinha sem muitas esperanças, Isabel era rápida – não seja teimosa...
Assim que alcancei as escadas os gritos de Marcie começaram, agonizantes, pedindo por ajuda e misericórdia, e não sendo atendidos de forma alguma. Talvez se soubesse rezar... O som de ossos se partindo eram ignoráveis.
Eu corri ao andar de cima sem saber o que fazer, sem saber que saída criar para fugir daquele maldito pesadelo.Droga havia um monstro comedor de pessoas dentro da republica! E pior ele tinha a cara de Isabel...como...como...
Não, não poderia ser Isabel, ela estava morta. Eu a havia visto morta naquela piscina, eu a havia morta dentro do saco preto quando a retiraram do colégio, eu a havia visto morta dentro daquele estúpido caixão que agora estava enterrado a sete palmos no chão. Mesmo assim ela estava ali... Rindo e nos partindo ao meio. Comendo-nos como um cão faminto. Que péssima piada, ela estava comendo aquele que queriam come-la, só que de um modo mais literal.
Eu corri pelo corredor, tentando abrir todas as portas que me apareciam, e que para meu azar permaneciam trancadas. Maldita mania por privacidade, as chaves agora estavam nos bolsos dos cadáveres. Meu quarto ficava no final do corredor, e eu corri até ele e só quando girei a maçaneta emperrada me lembrei que a tranca estava emperrada. Quebrada... Sabia que não havia como abri-las, e que antes de todo aquele inferno começar eu já estava planejando dormir na sala para só amanha ir atrás de um chaveiro ou qualquer profissional capaz de consertar aquela merda.
Eu sacudi a maçaneta, chutei a porta em vão. Um minuto de pausa para recuperar o fôlego foi o necessário para ouvir... Ouvir os passos que subiam calmamente os degraus da escada. Um assobio baixo e melodioso vinha do fim do corredor. Aquele maldito som ia ser o responsável por meu infarto, já que me coração estava atolado em minha garganta. Em joguei meu corpo contra a porta inquebrável em desespero. Abra, abra, abra sua desgraçada! Portas não ouvem e muito menos obedecem.
Um feixe dourado de luz irrompeu da boca do corredor que dava para as escadas. E aumentava conforme se aproximava. Eu vi seus pés descalços sujos de terra e sangue primeiro, logo depois seu corpo apareceu escondido entre sombras. Ela parecia uma boneca. Filha de Chuck, com toda a certeza.
- Venha aqui para que eu possa lhe tocar – ela disse sedutoramente.
Eu escorreguei contra a madeira da porta, encolhendo-me no chão exasperado e exausto. Não podia ser... Eu não podia morrer...
- Você...você...não pode ser...quem é você?!
- Você não me reconhece? - Ela inclinou a cabeça para um lado – depois de tudo que passamos... Bem, deixe-me clarear sua memória.
Ela girou a lanterna para si, iluminando-se. Era uma visão horripilante. Seu vestido de decote em V estava completamente encharcado de sangue fresco e úmido. Ele ainda gotejava, deixando um rastro vermelho por suas pernas. Seus braços também estavam sujos e arranhados. Mas o seu rosto... Deus ele ainda continuava lindo embora o que tivéssemos feito a ela. Ela não parecia morta, embora estivesse pálida como papel. Aqueles olhos assassinos e diabólicos não pareciam mortos, e nem aquele sorriso faminto e divertido sujo por sangue de dentes que ainda traziam pedacinhos de meus amigos. Eu sufoquei um choro exasperado.
- Que espécie de demônio é você? – eu gritei exasperado.
- Demônio? Ah não seja tão melodramático – ela disse andando em minha direção, agitando meu bastão de beisebol no ar lentamente – eu estou mais para uma ex-namorada. E agora nós vamos discutir a relação.
E com aquelas palavras ela avançou sobre mim e acertou em cheio o bastão em minha cabeça. Eu apaguei de imediato. Eu morri, ao menos eu queria que tivesse sido assim.
- Acorde, acorde meu príncipe encanto – uma voz suave e familiar cantarolou ao longe daquela escuridão, eu pisquei desorientado enquanto minha cabeça pulsava dolorosamente.
A primeira coisa que notei quando voltei à consciência era que estava deitado em minha cama, a segunda coisa que tomei ciência é de meus braços e pernas esticados e amarrados ao pé e cabeceira da cama. Eu pisquei novamente, fazendo o mundo ao redor entrar em foco naquela penumbra estranha.
Eu estava em meu quarto, só que agora ele estava repleto de velas, em todos os cantos, formando um circulo ao redor de minha cama... Que agora mais parecia um altar. Haviam vultos a minha frente mas não pude prestar a devida atenção neles já que a garota a minha frente era no momento mais importante.
Isabel estava em pé aos pés da cama. O sorriso suave e vitorioso era por si só assustador. Sua boca estava livre do sangue e dos pedaços de carne, mas seu queixo continuava sujo por um sangue seco, assim como seu pescoço e braços. Seus dedos tamborilavam sobre o lençol enquanto ela me observava.
- O que raios você esta querendo! – eu gritei me sacudindo em vão, as amarras eram fortes e quanto mais eu me mexia mais elas me apertavam.
- Ora, eu só quero nos dar uma segunda chance – ela disse inocentemente – afinal tudo aconteceu tão rápido. Em um instante eu estava gritando e no outro... Morta – ela sorriu carinhosamente – você não pode se divertir como planejara... E nem eu.
Eu engoli o pânico que me subia pela goela, merda como ela era apavorante. Toda aquela calma era apavorante.
- Como... Como você esta aqui, você... Você morreu... Eu vi.
- Ah como viu não é? Um passarinho me contou que você foi ao meu funeral – ela disse contornando a cama lentamente – quanta consideração.
Ela veio até mim lentamente, suas mãos deslizando por minhas pernas e subindo, conforme se aproximava.
- Como você pode estar viva? – eu exigi saber por não conseguir ficar calado.
- Sabe, eu estava muito amargurada do outro lado. Tão preocupada com meus amigos que simplesmente não consegui seguir sem voltar e me despedir devidamente de vocês.
Ela veio até mim, e curvou-se de modo que nossos rostos ficassem a centímetros de distância. Não pude evitar notar que ela cheirava a terra molhada, flores murchas e vela.
- Especialmente de você – ela sussurrou em meu ouvido.
Ela se afastou um pouco para me encarar, e notei que seus olhos de mel estavam mais fortes, mais claros do que de costume, mais sombrios. Ela acariciou meu rosto com as pontas dos dedos imundos com um sorriso carinhoso nos lábios.
- E para evitar que eu não me vingue do modo correto e acabe presa naquele Nada de novo – ela se levantou e andou em direção aos vultos que eu não conseguia distinguir, pareciam bolas penduradas por um cordão, suspensas no ar – nós vamos nos divertir a noite inteira.
Ela abaixou-se no pé da cama e pude ouvir o barulho de metal, correntes e algo mais.
- Sabe o que eu estava imaginando naquela noite em que estava indo ao seu encontro? – sua voz flutuou tranquilamente até mim – que iríamos a um romântico motel, com direito a velas aromatizadas, pétalas de rosa e uma hidro com espuma.
Ela se ergueu novamente segurando uma faca afiada e extensa, cuja lamina estava suja de sangue.
-Sonho estúpido – ela disse voltando-se para mim ela notou que meus olhos ainda estavam fixos nas bolas suspensas no ar atrás dela. Ela lançou um rápido olhar a elas antes de se voltar a mim – gostou? Achei que seria muita indelicadeza privá-los do espetáculo,afinal você os assistiu gritar e chorar.
Eu lhe lancei um olhar questionador o que a fez rir. Ela foi até a cômoda ao lado da janela bloqueada pelas cortinas fechadas e pegou a lanterna a acionando e direcionando o facho de luz nos vultos a minha frente. Eu gritei horrorizado.
Lá estava às cabeças de David e Rob, pendurada pelos cabelos. Os olhos abertos em expressões de pânico, as bocas frouxas entreabertas, o sangue gotejando do lugar onde um pescoço deveria estar. Ao lado de Rob porém apenas havia duas bolinhas presas por cordões, embora um fio algo viscoso e fino estivesse preso em cada uma delas e balançava no ar. A merda! Eram dois olhos!
Eu arfei agonizante me debatendo desesperado sob as amarras e tudo o que Isabel fazia era rir como uma criança deslumbrada.
- Perdoe-me pela sua amiga, mas não sobrou muito dela. De qualquer forma, ela vai poder nos ver – e ela riu de sua piada macabra – seus amigos serão minhas testemunhas de que hoje vingo minha alma.
Ela se afastou da cômoda, e veio até mim com passos casuais enquanto eu me debatia e gritava exasperado. Não! Não!
- Por favor, não... Piedade... Eu... Eu não queria, eu estava bêbado.
- Ora eu sei que você está arrependido, assim como os outros também estiveram quando eu os alcancei. E eu admiro isso, afinal se arrepender é o primeiro passo para ser aceito lá em cima. Você esta no caminho certo – ela disse curvando-se para mim, brandindo lentamente a lamina diante de meu rosto – mas veja por este ponto, você se divertiu com meu corpo, e agora é minha vez. E eu tenho muito rancor para extravasar.
Ela deslizou os dedos por meu corpo, arranhando-o com suas unhas imundas, rasgando minha camisa e rindo diabolicamente.
- Felizmente a noite é uma criança. – ela cravou a faca até o fundo em minha coxa, rasgando tendões, veias e artérias. Eu gritei agonizante, me sacudindo exasperado enquanto o sangue jorrava do ferimento e ela ria diabolicamente – Isso vai ser divertido...
- Não!
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Tópico: Fada Madrinha - Final
Re:Conto
Data: 22-12-2010 | De: Gabi (a dona do pedaço)
Fada Madrinha - Final
Data: 14-12-2010 | De: Kiss *muito contente agora*
*---* que primor de conto. E chegamos ao fim, tadáá!! Nossa, primeiro, devo elogiar as capas. Perfeitas.. Quero mesmo te da aos parabéns, foi um dos melhores contos q li - e eu já li muitos ein - e devo dizer que hoje vou dormir mais tranquila. Q bom q a Bel *agora sei o nome dela hehehe* se vingou. Precisava, e vc narrou deliciosamente :D parabéns again
Re:Fada Madrinha - Final
Data: 22-12-2010 | De: Gabi (a dona do pedaço)
Acho que vc é a 1° pessoa que conheço q vai dormir mais tranquila apos ler um conto de terro....shuahsuahs...adorei.
Eu por outro lado vou dormir (se conseguir) radiante por saber que eu fui uma das melhores coisas que voce já leu ;D
Enfim, THANKS THANKS THANKS E THANKS again, por der tido paciencia de ler esta minha humilde, sanquinaria e insana historia. Espero ve-la na proxima